quarta-feira, 23 de setembro de 2009

PLEASE, SPEAK MORE SLOWLY.

Quando casei-me pela segunda vez, em 1991, planejei fazer minha viagem de lua de mel, por países sul-americanos, Chile e Argentina. Depois de consultar as agências de viagens, acabei descobrindo que ir aos Estados Unidos, era mais barato, além de parecer mais interessante.
Eu e minha mulher, não falávamos patavina de inglês, o que levou-me, durante um mês, a estudar o básico, bem como os costumes, mapas, roteiros e tudo que me oferecesse garantias de uma estada sem complicações.
Decorei o - Good morning - Yes, sir - It's too expensive for me - How much, exaustivamente. Decorei o que tinha que falar na alfândega, na Rent Car, como eu iria da agência até a International Drive dirigindo o meu Chevrolet Caprice, como me apresentaria num hotel que eu julgasse mais barato. Paguei noventa dólares de diária na reserva e depois achei hotel melhor por trinta.
Devo dizer, que eu estava deslumbrado. Aquilo era um paraíso. Tudo que eu sonhara estava realizando-se. O primeiro mundo, o carro, os jardins bem cuidados, as luzes...
A região da International Drive é muito procurada pelos brasileiros devido às inúmeras lojas de patrícios instaladas ao longo de seus, talvez, cinco quilômetros. É uma avenida bem cuidada, com belos jardins e hotéis no seu início, perto da Bee Line High Way e Sea World, muitas lojas no confronto com a Sand Lake Rod, terminando num pátio de retorno, onde fica o Factory Belz Outlet, que viria ser posteriormente, nosso shopping preferido.
Estava bem escolado, eu pensava. Só não havia imaginado, que quando eu cumprimentasse alguém com um - Good morning! - le respondesse: - Gooood moooorning! How are you? Fnnshsh nanamskk, mnanajsjk, maajjsn? - O que eu iria responder? Percebi isso, de cara e tardiamente.
Tão logo eu coloquei as malas dentro do nosso quarto, aliviado, resolvi tomar uma Coca-Cola. A grande maioria dos hotéis não possuem frigobar. Eles instalam máquinas de refrigerantes e guloseimas nos corredores dos andares, e através de moedas ou notas você obtém o que deseja.
Todo pomposo, fui pegar minha Coca. Li as instruções da máquina, coloquei um nota de um dólar, a máquina puxou meu dinheiro até a metade e... parou. Nem prá frente, nem prá trás. Estava tentando tirar a nota quando, pelo corredor aproximou-se um casal de americanos. O homem carregava uma pizza nas mãos e foi logo perguntando:
- May I help you?
- ?
- Nhajajis, nnsdjjdkdl mmdndhdji mmdndjdkjm mdmdmddm?
- Sorry! I can't speak English well! I don't understand!
- Bhhsjdk mnsh nhd njjdm, ndmddmkf?
- ????
- Bgafs nnbahn nauuyrtyyaiok?
- ???????????
Ele insistia em me ajudar, eu não entendia nada, quer dizer, entendia mas não sabia responder. Traduzia algumas palavras, outras não:
- Are you alone?
- No! My wife is in my room!
- Does speake English?
- No!!
- My God!!! Afrent nahhsjk nammskl, nnaggshshjj nnhffjfj nnfhdyu jjsk!
Percebia o que me dizia, mais pelos gestos que pelas palavras: "A máquina prendeu sua nota? Eu vou até meu quarto telefonar para a portaria, logo alguém virá para resolver o problema! Espere-me aqui!"
Eu estava desesperado. Queria livrar-me daquela situação, não importava-me com o dólar preso e minha sede já havia passado. Queria retornar ao meu quarto onde julguei que a Roseli, minha mulher, me esperava preocupada. A mulher dele ficou comigo não me dando chance de fugir
Um minuto depois, o americano retornou dizendo julgar ter solucionado a questão:
- Dfarret faggerrq gahhsty, nnshshusi! Hjjahhsgg jaahhsusuiia! Frarattye hahagfstty hgegertd gdfg gdfdgg gddggdtyye !
Falava pacas! Eu, feito um bobo, falava gesticulando, agradecendo e tentando me mandar dalí.
- No, no! It's importat! Thafgs jkjdkdm , kddj, hfjrurytuui!
- I must talk to my wife! Excuse me!
- Nooooooo! You wait here! Bhayyshh ndhdhdj ndjdjdhdhjnjjdhdj ndhdhdj ndjdjdhjd ndjdjdidk ndmdjdyst fgafattsgh!
Para quem chegava, pela primeira vez nos Estados Unidos, quer dizer, acabava de chegar, a situação era desesperadora. Eu não entendia nada, olhava para ele, ele olhava para mim, ríamos e não fazíamos mais nada. Percebi que ele tinha comprado minha briga. Haviam passado, dez minutos e ninguém aparecia.
O americano inconformado, voltou ao seu quarto para telefonar. Ele estava mais nervoso que eu. Como, depois de dez minutos, ninguém aparecia? Aqui no Brasil isso é normal, mas lá...
Pelo corredor, vimos aproximar-se um homem de origens orientais... Um japonês, para poder descrevê-lo melhor. O americano, nessa altura, já meu amigo, começou a dar uma dura no japonês, que não era brincadeira. O oponente comunicou-lhe que era engenheiro do hotel mas que poderia tentar solucionar o problema. O que pude traduzir da bronca era que ele já havia telefonado duas vezes, estava esperando por vinte minutos, ninguém apareceu e que isso tudo era uma grande falta de respeito para com ele, cidadão americano. Percebi que dizia que eu era estrangeiro, turista, não estava habituado com os costumes e leis que protegem os americanos. Afirmava que eu não queria o dinheiro de volta, mas se fosse ele, iria procurar seus direitos pela falta de respeito que nos haviam imposto. O engenheiro só falava: - My God! Oh my God! Twenty minutes? My God!
Depois de vários pedidos de desculpas, e outros vários mais, o funcionário do hotel pediu que eu o acompanhasse até a recepção. Agradeci ao casal e desci até o andar térreo.
Na recepção foi aquilo de novo: Sorry! Fagarstsh bahahsjsu nahajsusi! Sorry! Sorry! Bgahjauuia! Grahgau haahansj nahagsgjh!
Devolveram meu dólar, depois de mil desculpas. Um rapaz subiu comigo com uma placa que dizia: BROKEN DOWN.
Quando entrei no meu quarto, a Roseli estava apavorada. Havia passado mais de meia hora, eu só tinha ido pegar um refrigerante. Comecei a explicar o acontecido, a campainha tocou. No visor da porta, vi um daqueles porteiros de hotel, todo fantasiado, parecia um general da banda. Abri a porta, ele com uma nota de um dólar na mão, ofereceu-a para mim dizendo:
- Sorry! Yhhdgdh nnddhhfn nfhfjdjdjm mfjffkfkfl!
Meu Deus do céu! Estava começando tudo novamente... e tão rápido! Eu devolvia a nota para ele, ele devolvia para mim. Eu devolvia para ele, ele devolvia para mim.
Ficamos nesse, chove não molha, por alguns instantes. Tipo do "Ti cutuco, não cutuca, ti cutuco, não cutuca". Acho que ele pensava: "Depois de toda essa confusão por causa de um dólar, ele quer dá-lo a mim?" É que alguém, desenformado, deve ter pedido que ele devolvesse o tal dólar preso na máquina que me fora dado anteriormente. Nós dois continuávamos: Ti cutuco, não cutuca.
Não tive dúvidas. Deixei o dinheiro em sua mão, bati a porta na cara dele. Era a única maneira que achei para acabar com aquilo.
No dia seguinte, ficamos andando de carro pela International Drive o dia inteiro. Prá lá e prá cá. Não conhecia nada, tinha medo de arriscar e me perder. Na hora das refeições, era outro problema. O que pedir? Lia os cardápios e só entendia, Hot Dog, era salsicha, cheese, com queijo, potato chip me parecia, batata frita e assim por diante. Sempre quando recebia meu prato a batata frita era aquela de saquinho. Via alguém na minha frente saindo com aquele moooonte de batatas fritas em palitos, tipo francesa, eu babava, pedia novamente e recebia os benditos saquinhos. Foram alguns dias nessa lengalenga. Aguçava meus ouvidos para tentar ouvir o que um americano ia pedir, via ele sair com aquele mooooonte de batatas, eu só sabia pedir: - Potato Chips, please!
Um dia a Roseli, que não havia arriscado até então dirigir a palavra a ninguém, desafiou-me:
- Olha! Até agora eu fiquei quieta! Você não consegue acertar o nome dessas batatas, então eu vou descobrir!
Foi até o balcão, apontou para um monte de batatas fritas que ali estavam juntas com outros tantos pratos na vitrine e perguntou:
- What do you call that? (Como se chama aquilo?)
- This? (Isso?)
- No! That! (Não! Aquilo!)
- This? (Isso?)
- Yes! (Sim!)
- Oh! Onion Rings!
- Thank you! (Obrigado!)
Eu já estava na fila quando, toda orgulhosa, comunicou-me o nome e escreveu num caderninho, para não mais esquecer. Eu procurava decorar para quando chegasse minha vez adquirir, finalmente as batatas. Chegou a minha vez!
- Please! Two Jumbo Dog!
- Two Jumbo Dog! A moça repetia.
- Two small Coca, no ice!
- No ice!
- And, two onion rings! Ok? Two onion rings!
- Ok! Two onion rings!
Preparou os deliciosos cachorros quentes gigantes, pegou as duas Cocas pequenas sem gelo (quando pede-se sem gelo, quer dizer, sem cubos de gelo), entregou-me o pedido. Eu não via as batatas.
- Sorry! Onion rings?
- I'm sorry! Foi até o fundo da lanchonete, preparou dois enormes pratos de cebolas fritas e colocou sobre o balcão. Eu para não dar mancada, agradeci, rimos a beça, e tive que comer aquele monte de cebolas pois a Roseli não gostava. É que perto do prato de batatas da vitrine estavam as cebolas, houve um engano geral. Ainda não era a vez de eu comer as deliciosas batatas.
Depois de alguns dias, em um restaurante do Epcot Center, fiz o meu pedido de um prato que dispunham-se, no menu, por números. Número 1 era não sei o que, número 2 não sei o que lá, etc. Escolhi um número que entre os montes de coisas, estava escrito DOG. Quando recebi o prato, entre salsicha e outras coisas, veio também... as deliciosas, crocantes, espetaculares batatas que eu tanto queria comer. Fui ler novamente e descobri que chamavam-se: French Fries. Quantas mancadas!
Em qualquer lugar, restaurantes, lojas, sorveterias eu me dava mau. Fazia o pedido, escolhia um produto, um simples sorvete, era atendido, e quem me atendia perguntava: - Anything else? - Eu empacava. Já estava em minhas mãos o que havia pedido. Que pergunta era aquela? Será que perguntou as horas? De onde sou? Dizia que não falava bem o Inglês, ninguém entendia nada. Só na segunda viagem é que me falaram que era costume perguntarem: - Mais alguma coisa? - Até hoje, tudo que eu peço, coloco a palavra "Only" no fim. Dá certo!
Fomos visitar o Keneddy Space Center em Cabo Canaveral. Na volta, resolvi dar um pulo até Cocoa Beatch, onde filmaram o seriado "Jeane É Um Gênio". Ao pegar a estrada que nos levaria até a praia dos cocos, li embaixo do viaduto... "clearence". Pedi para minha mulher marcar para acertarmos a entrada ao voltar. Andamos mais um quilômetro, passamos sob outro viaduto onde também estava escrito a mesma coisa. E no outro, e no outro... em todos. Fui descobrir que aquilo era a medida da altura dos viadutos. Mais uma...
O PASSEIO DE ESCUNA

O RESORT DISNEY WORLD é formado por vários hotéis e pontos turísticos de diversões e lazer para todas as idades. O EPCOT CENTER, MAGIC KINGDON, MGM, TYPHOON LAGOON, RIVER COUNTRY, DISCOVERY ISLAND, FORT WILDERNESS, BLIZZARD BEACH e o PLEASURE ISLAND, que fica junto a DISNEY VILLAGE onde está também o PLANET HOLLYWOOD, a discoteca famosa.
Quando fomos pela primeira vez visitar o Magic Kingdon, o parque mais famoso da Disney, onde está o castelo da Cinderela, dei a minha maior mancada.
O dia não estava muito firme, havia ameaças de chuvas, tudo sob um calor monumental. Quando chegamos, estacionei o carro num dos pátios. São vários pátios, em cada um deve caber uns cinco mil carros. Se você não memorizar bem onde estacionou, não encontra o carro na saída. Cada pátio tem o nome de um personagem do Walt Disney: Donald, Gulf, Daizzy, Mickey, etc. Entramos, tomamos uma enorme balsa que leva, em viagens contínuas, as pessoas até o Reino Encantado, que é uma espécie de ilha.
Nos divertimos prá valer apesar da chuva que caiu à tarde. Compramos as famosas capas amarelas (de chuva), eu estava com aquela filmadora de VHS antiga, enorme, registrando tudo que eu podia e o que eu não podia. Achava que nunca mais ia voltar.
Por volta de 21h, a massa começou ir embora, resolvemos ir também. Apesar do horário, a luz do sol ainda deixava o céu claro. As pessoas dirigiam-se para aquela balsa que nos trouxera. Era gente prá burro! Seriam preciso algumas delas para levar todo mundo aos estacionamentos.
Eu, muito esperto, olhei para meu lado direito e vi uma escuna ancorada, com uma pequena fila de umas, vinte pessoas.
- Benhê! Nós já viemos naquela balsa! Vamos voltar de escuna prá conhecer! E não tem quase ninguém...
A primeira saiu lotada. Logo ancorava uma segunda, nós éramos os primeiros da fila. Quando subi, um marinheiro vestido como o Kirk Douglas no filme "Vinte Mil Léguas Submarina", olhou para mim, e falou:
- Rgatsuusun nahaahjs mamakl makaaiaj ! OK?
- OK!! Respondi!
Sentamos nos primeiros bancos, o pessoal todo, atrás. A maioria vestiam-se como nós, capas amarelas. O barco começou a navegar sob o grito do comandante, que traduzido para o português devia ter sido assim:
- Láááááááá vaaaaaaamos nóóóóóóóós em direção aos Hotéis do Resort, levando os hóspedes e alguns bobos brasileiros que pensam estar indo para o estacionamento!!!!
O barco começou a navegar exatamente no sentido oposto ao que deveria ir. Estava filmando! Parei de filmar! Magic Kingdon foi sumindo... sumindo... ia escurecendo rapidamente.
Na primeira parada, mantive-me estático. Apenas olhava para trás com o rabo dos olhos. Se todo mundo descesse, eu também desceria. A metade desembarcou, a outra mantinha-se sentada. Achei que era a turma do estacionamento. Fiquei na minha.
- Láááááááá vaaaaaaaaaamos nóóóóóóós! Partindo novamente para entregar os últimos hóspedes, enquanto esses bananas brasileiros continuam esperando pelo estacionamento!
A escuna distanciava-se cada vez mais do ponto de partida. Eu já não estava nervoso. Estava à beira de um infarto! Última parada (eu não sabia).
- Cheeeeeeeeeegamos! Aqui descem os últimos hóspedes! Agora que eu quero ver o que aquele otário vai fazer!
Com o rabo dos olhos voltados para trás, vi todo mundo descendo. Descemos juntos e minha última esperança era acompanhar as pessoas com as capas amarelas e de repente sair no estacionamento. Íamos andando em fila indiana. Uma turma na frente, eu e a Roseli, atrás. Um foi saindo para a direita, outro para a esquerda, sucessivamente, até que só restou eu e minha mulher.
Estávamos num enoooooooorme hotel. Piscinas, quadras de tudo, quiosques... Fomos entrando, entrando, entrando, até que não tinha para onde entrar. Descobri finalmente, que estávamos literalmente... perdidos. A uns dez metros, vi dois rapazes americanos. Fui pedir ajuda:
- Could you help me?
- What's going on?
- I'm lost! I'm Brazilian and I can't speak English very well!
- Where are you going?
- Magic Kingdon! - Ele sorriu, bateu a mão em meu ombro dizendo:
- You are lost! You are lost! - Começou a explicar como eu sairia dali naquele inglês hagagts ndhdfhdj jkdjdjddk , eu em cada pausa de suas explicações dizia um OK! Acompanhava seus gestos de mãos para tentar me orientar depois. Tinha que subir, descer, virar, subir novamente. A única coisa que ficou claro é que tínhamos que pegar o Mono Rail, aquele trem com trilhos suspensos que percorre toda a Disney World. A Roseli perguntou o que disse a mim o americano, eu respondi que não tinha entendido nada.
- Mas eu via você falando, Ok! Ok! Ok!!!!
- É... mas ia falar o que? Temos de pegar o Mono Rail!
- Para que lado?
- Para lá! Apontei para o Norte.
Começamos a subir, descer, virar, desviar, ia reto, ia curvo, descia de novo, subia outra vez, entramos no saguão do hotel, saímos, subimos escadas e descemos escadas. Finalmente chegamos numa estação, o trem estava parado. Fechou as portas, tinha que ir para frente, foi para trás, do sentido que estávamos sentados no banco. Eu falava todo meu repertório de palavrões. Passamos por Magic Kingdon, Magic Johnson, Magic Clic, Bom Retiro, Tatuapé, até que chegamos no bendito estacionamento. Tivemos, apesar de tudo, uma grande compensação. O nosso carro era o único estacionado. Todos já tinham ido embora e não precisamos procurá-lo.

O negócio é que, com todas as mancadas, aprendi a conhecer um pouco os costumes, a língua, o povo e País. Das seis vezes que estive nos Estados Unidos, cinco foram para a minha querida Orlando. Do Community Creekside em Kissimmee à International Drive, do Florida Mall ao Seminole Towne Center, da Disney Village Market Place para Church Street, o Home Depot, Sports Authorit, Cost Co, Target, K Mart, Publix, Wall Mart, Eckerd. Os passeios mais afastados à Mount Dora, Ocala, Cabo Canaveral, Cocoa Beach, Boca Raton, Tampa e muito, muito mais.
Se existe uma cidade que pode ser considerada como o playground preferido de adultos e crianças de todo mundo, esta cidade é Orlando, na Florida. Começando pela Universal Studios, Sea World, Splendid China, e continuando até os parques MGM Studios, Magic Kingdom e Epcot Center, esta cidade de sonhos tem a capacidade de nos fazer esquecer preocupações e desejar que a vida pudesse ser sempre assim: Um lugar onde a alma fica leve, descontraída, e com muita alegria e diversão sadia!
A esfera é o ponto central e símbolo de Epcot, um dos parques da Disney. Reserve ao menos dois dias para poder ver toda Epcot. Lá você vai encontrar pavilhões do Canadá, Reino Unido, França, Marrocos, Japão, Estados Unidos, Itália, Alemanha, China, Noruega e México, com prédios reproduzindo a arquitetura típica de cada lugar, atrações de cada país, shows de música típica, pratos, bebidas e doces característicos de cada lugar e produtos regionais, além de shows e eventos especiais durante o dia. É quase como uma volta ao mundo em um dia. Ao entrar no parque pegue o folheto com a programação diária e horários de cada evento, é a melhor forma de tentar ver o máximo possível. No outro lado de Epcot estão diversas atrações, que também podem encher com facilidade todo seu dia. As mais procuradas são o pavilhão do Living Seas (um passeio pelo fundo do mar), Universe of Energy ( jornada por matas jurássicas, entre impressionantes dinossauros), World of Motion (para quem gosta de velocidade) e a Spaceship Earth (viagem no tempo contando a história da civilização).
O parque Magic Kingdom é o que costuma fazer mais sucesso. Dividido em 5 partes, Main Street, Adventureland, Frontierland, Fantasyland e Tomorrowland, tem atrações para encher dois dias. Algumas das mais procuradas são a Mansão Assombrada, Salão dos presidentes, Splash Mountain, Piratas do Caribe e Space Mountain. Mas andando por lá a cada passo surge algo interessante, e novas atrações estão sendo inauguradas a cada ano. Mas as atrações de Orlando não estão apenas nos parques: Visite também a Wonderworks, na International Drive, um prédio de cabeça para baixo com diversas atrações interativas, experimentos de realidade virtual e simuladores de terremotos e furacões!
Ainda dentro dos parques Disney não deixe de visitar o terceiro parque do complexo, o MGM Studios, onde o mundo do cinema é o ponto em comum de todas atrações. O ponto central é o Great Movie Ride, um passeio entre cenários e personagens dos mais famosos filmes da MGM. O Catastrophe Canyon também é uma atração muito procurada, mas tome cuidado para não se assustar quando aquele caminhão tanque explodir e começar a desabar bem na sua direção. E claro, não perca o Tower of Terror, passeio por um misterioso hotel de Hollywood que termina de forma vertiginosa. Todos os parques tem desfiles com os personagens Disney, geralmente às três da tarde, e bem antes disso as ruas por onde o cortejo passa começam a ficar cheias de turistas. Chegue cedo também, e reserve seu lugar sentado na beira da calçada, é o melhor ponto para não se perder nada. Em datas especiais há também paradas noturnas, onde todos os carros e personagens são iluminados. Procure se informar com antecedência no site da Disney, para saber as datas dos eventos especiais.
A área de entrada do Magic Kingdom forma o trecho conhecido como Main Street, onde estão as lojinhas de souvenirs. É por aqui que os dólares desaparecem das carteiras... É quase impossível resistir às centenas de produtos à venda, desde roupas, mochilas, bichinhos de pelúcia, livros, jóias, DVDs, e toda uma gama infindável de produtos com a grife Disney. Neste trecho também estão diversos restaurantes, lanchonetes, e outros pontos bons para se matar a fome. Depois dê uma volta no bondinho puxado à cavalo, ou então no carro de bombeiros, escolha outro setor do parque para visitar e comece tudo de novo! O quarto e mais recente parque Disney é o Animal Kingdom, dedicado à vida natural e aos animais, e que lembra muito uma viagem ao coração da Africa.
Um dos hotéis do complexo Disney, é o Dixie Landings, construído no estilo das grandes mansões sulistas americanas. Já o Port Orleans é no estilo de arquitetura francesa existentes na cidade de New Orleans. Todos os hotéis do complexo Disney formam uma atração à parte, desde os mais luxuosos, até os mais acessíveis. Mas para quem quer gastar o mínimo possível com a hospedagem opções é que não faltam. Há centenas de alternativas na cidade. Uma das melhores é ao longo da Bronson Memorial Highway (estrada 152, na saída 25 da auto-estrada 4), com dezenas de motéis de bom preço (diversos com micro-ondas e geladeiras nos quartos), supermercados, restaurantes, e tudo mais que você precisa para passar férias inesquecíveis. Para abastecer sua despensa e ao mesmo tempo encher os olhos com a fartura de tudo que existe na America dê uma passadinha no Super Wal-mart, um hiper mercado que mais parece um parque de diversões. Fica na Poinciana Boulevard, continuação da estrada 192.
O segundo parque mais procurado em Orlando é o Universal Studios. Para ver tudo é necessário uns dois dias. Não perca o Kongfrontation (seja atacado pelo gorila King Kong), Earthquake (experimente o que é estar num terremoto), Jaws (seja perseguido por um tubarão), e o Terminator 2 (fantástica mistura de cinema e show ao vivo e efeitos especiais reproduzindo uma aventura de Arnold Schwarznegger). Quem gosta de montanhas russas também não pode perder o parque Islands of Adventure, a mais nova atração da Universal.
Visitar Disney e a Universal é apenas o ponto de partida, Orlando tem dezenas de atrações de todo tipo. Conheça o Kennedy Space Center, que pertence à NASA (Bee Line Expwy, direção leste). Assista um torneio entre cavaleiros medievais jantando no Medieval Times (Poinciana Boulevard). Escorregue nas águas do Water Mania (Bronson Memorial Hwy), ou do Wet'n'Wild (International Drive). Volte ao mundo jurássico no Dinosaur World (I-4, saída 10). E arrepie-se de susto na casa assombrada do Skull Kingdom (International Drive). Dicas de onde comer são desnecessárias pois em Orlando a gente quase tropeça em restaurantes. No entanto um lugar que costuma agradar bastante é o Ponderosa, que tem um bufe gigante, tipo coma-tudo-que-quiser e não é caro, com diversos endereços na cidade. Meu preferido no entanto continua sendo o Cracker Barrel, mistura de lojinha e restaurante ao estilo da America rural do interior, com porções bem servidas e muito saborosas. Peça para acompanhar alguns biscuits (pãezinhos quentes amanteigados que derretem na boca), e de sobremesa sua deliciosa apple pie com sorvete.
O museu Ripley´s (Acredite se Quiser), na rua International Drive, a casa é torta, e já na entrada pode-se sentir uma experiência engraçadíssima. Experimente caminhar na direção da entrada olhando fixamente para a porta. Em pouco tempo você vai perceber que está caindo para o lado, um típico exemplo de como nosso cérebro pode às vezes ser tapeado pelo que os olhos acham que vêem. Vá também ao Sea World, mais famoso parque marinho do mundo (saída 27A/28 da I-4), onde há shows com baleias, aquários e diversas outras atrações relacionadas ao mundo marinho.
Uma das áreas mais animadas de Orlando, principalmente à noite, é a Church Station, antiga estação de trens no centro da cidade, que foi reformada e agora tem restaurantes, barzinhos e muita música. Outro ponto que vale uma visita é Old Town (saída 25A da I-4), um parque à moda antiga, simples mas simpático, com lojinhas e atrações diversas. Quem gosta de equitação não deve perder o Arabian Nights (saída 25A da I-4), um show eqüestre de cavaleiros árabes, acompanhado de jantar.
Ao fazer umas comprinhas, não esqueça de visitar o local conhecido como Disney Village Marketplace, na entrada do complexo Disney. Lá você pode praticamente decorar toda sua casa com os personagens Disney. Roupas de mesa e banho, louças, moda masculina e feminina, objetos de utilidades domésticas, abajures, e uma infinidade de outras coisas onde o ponto em comum são as imagens de Mickey, Donald, Rei Leão, e toda a turma. Outras áreas ótimas para compras são a avenida International Drive, (bem no centro, com dezenas de lojas e o shopping Belz Factory Outlet), a Orange Blossom Trail (leste da cidade, onde estão grandes lojas de departamento e o enorme shopping Florida Mall), e a Colonial Drive (norte da cidade, com várias lojas e shoppings, com destaque para os malls Colonial Plaza e Orlando Fashion Square).
Orlando praticamente não é uma cidade. Está mais para terra da fantasia. Tudo começou com o gênio de Walt Disney, que vislumbrou a possibilidade de construir neste local, onde só haviam pântanos alagados, um parque temático ainda maior que o pioneiro Disneyland existente na California. Sua intuição como sempre estava certa, e nos trinta anos desde sua inauguração este endereço se tornou, nos quatro cantos do mundos sinônimo de diversão e entretenimento.
Foi dando um monte de mancadas que hoje eu posso ir para todos os lados, e continuo a pedir para os americanos:
- PLEASE! SPEAK MORE SLOWLY!

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